mulheres na maçonaria feminina

Olá, neste post, vou falar um pouco da história e do papel das mulheres nesta organização que sempre foi vista como um domínio masculino.

maçonaria

A maçonaria é uma sociedade iniciática que tem como objetivo o aperfeiçoamento moral e intelectual dos seus membros, através de símbolos, rituais e ensinamentos filosóficos. A maçonaria surgiu na Europa no século XVIII, baseada nas antigas corporações de pedreiros que construíam as catedrais góticas.

maçonaria feminina

A maçonaria sempre teve uma relação ambígua com as mulheres. Por um lado, excluía-as da participação nas suas lojas, alegando que elas não tinham as qualidades necessárias para serem maçons, como a força, a coragem e a razão. Por outro lado, reconhecia o valor e a influência das mulheres na sociedade e na família, dedicando-lhes algumas lojas de adopção, onde elas podiam aprender os princípios maçónicos e colaborar em obras de beneficência.

As primeiras mulheres maçons surgiram em circunstâncias excepcionais, como Elizabeth Aldworth, que se iniciou na Irlanda em 1732, depois de ter assistido a uma cerimónia maçónica por acaso. Em França, no século XIX, surgiu o movimento da maçonaria mista, que admitia homens e mulheres em igualdade de direitos e deveres. A primeira loja maçónica mista foi fundada em 1893 por Maria Deraismes e Georges Martin.

maçonaria feminina em Portugal

Em Portugal, a maçonaria feminina só apareceu no século XX, depois da implantação da República em 1910. As mulheres portuguesas que se interessavam pela maçonaria tinham que se deslocar a França ou ao Brasil para se iniciarem. Foi o caso de Ana de Castro Osório, uma das pioneiras do feminismo em Portugal, que se tornou maçona em 1907 na loja Humanidade do Grande Oriente Lusitano Unido.

As mulheres maçons portuguesas tiveram um papel importante na luta pelos direitos das mulheres e pela educação. Muitas delas fizeram parte da Associação de Propaganda Feminista, que defendia o sufrágio feminino, a igualdade jurídica e o acesso à instrução. Algumas delas dirigiram revistas como Alma Feminina ou A Voz da Mulher. Outras participaram na Cruzada Nacional das Mulheres Portuguesas, que organizou o primeiro congresso feminista e de educação em 1924.

A maçonaria feminina em Portugal enfrentou muitas dificuldades e perseguições ao longo do tempo. Durante o Estado Novo, as lojas foram fechadas e os seus membros foram vigiados pela polícia política. Só depois do 25 de Abril de 1974 é que a maçonaria feminina pôde renascer e crescer. Em 1993, foi fundada a Grande Loja Feminina de Portugal, que hoje conta com cerca de 300 membros.

As mulheres portuguesas na maçonaria portuguesa são um exemplo de coragem, determinação e solidariedade. Elas contribuíram para o progresso da sociedade e para a emancipação das mulheres.

Elas provaram que a maçonaria não é uma questão de género, mas sim de valores humanos universais.

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