mulher ilha do corvo

Olá, pessoal! Hoje vou contar-vos um pouco sobre como é a vida da mulher na ilha do Corvo, a menor e mais isolada ilha dos Açores. Muitos de vocês devem estar curiosos para saber como é viver num lugar tão pequeno e tão longe de tudo, não é? Pois bem, eu também estava, por isso decidi passar uma semana no Corvo para conhecer melhor a sua cultura, as suas gentes e as suas tradições.

O Corvo tem apenas 17 km² de área e cerca de 400 habitantes, que vivem na única povoação da ilha, a Vila do Corvo. A ilha é formada por um único vulcão extinto, o Monte Gordo, que tem uma enorme cratera chamada Caldeirão, onde se podem ver várias lagoas e pequenas ilhotas. O litoral é alto e escarpado, com excepção da parte sul, onde se situa a vila numa fajã lávica.

A vida no Corvo é simples e tranquila, mas também dura e exigente. As mulheres corvinas têm um papel fundamental na economia e na sociedade da ilha, pois são elas que cuidam da casa, dos filhos, dos animais, da horta e do artesanato. Muitas delas também trabalham fora de casa, em serviços públicos ou privados, como na câmara municipal, na escola, no centro de saúde, no comércio ou no turismo.

As mulheres corvinas são orgulhosas da sua ilha e da sua identidade, mas também abertas ao mundo e à modernidade. Elas sabem aproveitar os recursos naturais e culturais que o Corvo oferece, mas também estão atentas às novidades e às oportunidades que vêm de fora. Elas são resilientes e solidárias, mas também criativas e divertidas.

Durante a minha estadia no Corvo, tive a oportunidade de conversar com algumas mulheres corvinas e de conhecer um pouco das suas histórias, dos seus sonhos e dos seus desafios. Fiquei impressionada com a sua simpatia, a sua generosidade e a sua sabedoria. Elas ensinaram-me muito sobre o valor das coisas simples, da natureza, da comunidade e da família.

Uma das coisas que mais me marcou foi a forma como as mulheres corvinas celebram as suas festas e tradições. Uma delas é a festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que se realiza em maio e que é a maior festa religiosa da ilha. Nessa ocasião, as mulheres vestem-se com os seus trajes típicos, feitos de lã preta bordada com flores coloridas, e saem à rua em procissão com a imagem do santo. É um momento de fé, de devoção e de alegria.

Outra tradição que me encantou foi a do Cantar aos Reis, que se realiza na noite de 5 para 6 de janeiro. Nessa noite, as mulheres juntam-se em grupos e percorrem as casas da vila cantando versos alusivos ao Natal e ao Ano Novo. Os donos das casas recebem-nas com vinho, licores e doces típicos. É um momento de convívio, de animação e de partilha.

A vida da mulher na ilha do Corvo é uma vida cheia de contrastes: entre o isolamento e a abertura; entre a tradição e a inovação; entre a dureza e a beleza; entre o trabalho e a festa. Mas é também uma vida cheia de sentido, de dignidade e de felicidade. Eu fiquei fascinada pelo Corvo e pelas suas mulheres, e espero voltar em breve para continuar a aprender com elas.

Espero que tenham gostado deste post sobre a vida da mulher na ilha do Corvo. Se quiserem saber mais sobre esta ilha maravilhosa, visitem o site oficial do município (www.cm-corvo.pt) ou o blog Entre Ilhas (https://www.almadeviajante.com/visitar-ilha-do-corvo-acores/), onde podem encontrar mais informações e dicas para visitar o Corvo.

Até à próxima!
Venham visitar-nos.

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By Maria

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